segunda-feira, 13 de agosto de 2012

12 de Agosto - Dia Mundial de Luta das Mulheres contra a ALCA



 
No dia 12 de agosto de 1983 foi assassinada Margarida Maria Alves, trabalhadora rural e líder sindical na Paraíba. No dia 12 de agosto de 2003 deve acontecer a segunda Marcha das Margaridas, organizada pelas sindicalistas rurais. Aproveitando a ocorrência de fatos importantes nos 12 de agosto foi escolhida esta data para denunciar a nova estratégia de dominação imperialista dos Estados Unidos.
Uma reunião preparatória foi realizada no dia 21, e contou com a participação de algumas jovens do Centro de Mídia Independente e da ATTAC. A primeira idéia que surgiu foi fazer algo como uma feira, na Praça da República, com barracas que trabalhem o que é a ALCA e os impactos na vida das mulheres. Será dado destaque ao ambiente da ALCA que já estamos vivendo, com destaque para o tratamento do corpo das mulheres como mercadoria. Serão produzidos painéis com fotos e informações curtas, reprodução de pequenas mensagens gravadas e também gravar depoimentos das pessoas na Praça.
Alguns personagens, que estão todos os dias nas ruas, como o homem com a placa de compra-se ouro, o vendedor que estende uma lona com ervas medicinais, a estátua viva, o vendedor de passe, a cartomante, a cigana que lê a mão, serão interpretados refazendo as mensagens com denúncias contra a ALCA.
Os aspectos que têm sido trabalhados nas oficinas relacionando a ALCA à vida das mulheres são os seguintes:
  • As mulheres no mundo do trabalho: o desemprego é alto. Ainda que novas oportunidades de trabalho sejam abertas para as mulheres, a maioria é sem registro, com jornadas extensas e baixos salários. É o modelo das maquiladoras mexicanas que se espalha pelo Continente. Os direitos são nivelados por baixo e a licença maternidade de quatro meses sem prejuízo de salário encontra-se ameaçada.
  • Serviços como saúde e educação são privatizados e oferecidos às transnacionais. As mulheres perdem como trabalhadoras e usuárias destes sistemas. Os governos mobilizam o trabalho das mulheres na família ou no voluntariado para realizar os serviços que não dão lucro ao mercado. Na Bolívia, onde a água foi privatizada, seu preço aumentou quatro vezes tornando mais penoso o trabalho doméstico.
  • O patenteamento de plantas medicinais e seus processos de beneficiamento, e de formas de artesanato, obrigará as mulheres que produzem, coletam, ministram plantas medicinais e as artesãs a pagarem taxas ou serem consideradas ilegais.
  • A busca desenfreada por divisas - dólares - para pagar a dívida externa ou importar produtos estimula o turismo sexual e o tráfico de mulheres. O Brasil já é hoje um dos países que mais recebe turistas em busca de prostituição, muitas vezes infantil. O corpo das mulheres é oferecido como um atrativo aos executivos de grandes empresas - os chamados investidores.



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