No dia 5 de setembro, comemorou-se o Dia Internacional da Mulher
Indígena, data que faz uma homenagem à luta de Bartolina Sisa, mulher
Aymara que se opôs à dominação e opressão dos conquistadores. Para
celebrar a data, a Confederação de Povos da Nacionalidade Kichwa del
Ecuador (Ecuarunari) realizou a II Cúpula Continental de Mulheres
Indígenas do Abya Yala.
Por meio de um documento da CLOC/Via Campesina na Guatemala, as
indígenas e campesinas desta organização expressam ao mundo que seguem
em luta contra a tripla discriminação da qual são vítimas: por sua
origem, por seu gênero e pela pobreza que se incrementa nas comunidades
da área rural. E denunciam que pela luta em defesa da mãe terra, do
território e dos bens naturais se intensificaram a perseguição e
intimidação a seus/suas líderes.
"Na atualidade a luta e resistência das mulheres continuam, sem que
exista o cumprimento do governo aos direitos de toda mulheres como o
direito à educação, saúde, trabalho com remuneração que cubra os custos
da cesta básica, tampouco se conta com o direito à justiça para as
mulheres”, denunciam.
Mesmo ante as realidades de pobreza, discriminação e falta de
oportunidade de desenvolvimento pessoal, elas estão, cada dia mais,
ocupando espaços de diretoria local, regional e nacional e também outros
espaços fundamentais para o desenvolvimento de suas comunidades em
virtude da luta, resistência e exigência de seus direitos como mulheres.
Para seguir conquistando importantes espaços de tomada de decisões
elas pedem: a aprovação da urgência nacional da iniciativa de Lei de
Desenvolvimento Rural integral e, aos entes que foram criados à raiz dos
Acordos de Paz, para velar pelos direitos das mulheres e que cumpram
com seu mandato.
Fonte: Adital
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